Covid-19: Manifestações na pele também podem ser indicadores da doença

 In Destaques, Destaques Home, Listagem

As manifestações dermatológicas da COVID-19 tem sido cada vez mais comuns. Até o momento, já se sabe que há pelo menos cinco manifestações na pele possivelmente relacionados a ela. Já foi observada uma grande variedade de sinais, entre elas o exantema (erupção avermelhada que aparece na pele pela dilatação dos vasos sanguíneos), a urticária (reação alérgica que causa lesões vermelhas, inchadas na pele com coceira), o livedo (linhas avermelhadas ou azuladas na pele, que seguem a disposição das veias), a isquemia (falta de fornecimento sanguíneo, que deixa a pele com  descoloração, roxa ou azulada), e até mesmo a necrose (morte do tecido). Geralmente, as manifestações estão relacionadas à doença, mas algumas delas podem ter regressão antes da cura. Não há um padrão definido. Da mesma forma, ainda não se comprovou a relação entre manifestações cutâneas da covid-19 e gravidade da doença. Os estudos indicam que a pele pode estar acometida em até 20% dos casos. O fato é que ainda são necessários mais estudos para saber o percentual exato de acometimento e é possível que eles variem de acordo com a população do país estudado. As manifestações cutâneas da covid-19 são, muitas vezes, semelhantes a manifestações de outras viroses ou quadros como alergias. Em tempos de pandemia, todas as manifestações que podem fazer parte do quadro da doença devem ser levadas em consideração e investigadas. É um esforço necessário para que se consiga desacelerar a progressão da disseminação da doença. Sendo realizado o diagnóstico diferencial do quadro do paciente, é possível direcionar o tratamento específico para o que está causando a manifestação na pele. Não existem manifestações cutâneas exclusivas da covid-19. Precisamos determinar sua causa para então definir tratamento adequado.

Os cuidados vão depender da manifestação cutânea que for apresentada. De forma geral, será o tratamento da doença de base e a melhora global da infecção, esclareceu. Em alguns casos, podem ser usados cremes hidratantes com propriedades calmantes ou antipruriginosos e anti-histamínicos orais.

A telemedicina já se tornou realidade no Brasil, especialmente em meio à pandemia da COVID-19. Os dermatologistas têm utilizado esta ferramenta para detectar as alterações que normalmente acompanham os sintomas sistêmicos ou que podem ocorrer de forma isolada. A telemedicina permitiu o contato com os pacientes que neste momento se encontram confinados e em quarentena.