Dermatite Atópica: Saiba mais sobre a doença

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É um dos tipos mais comuns de alergia de pele caracterizada por eczema atópico (inflamação da pele que provoca manchas vermelhas, bolhas e coceira, resultando em lesões de aspecto grosseiro). É uma doença genética, crônica e que apresenta pele seca, erupções que coçam e crostas. Os locais mais comuns são nas dobras dos braços e na da parte de trás dos joelhos. Não é uma doença contagiosa, o contato direto com as lesões não oferecem nenhum risco de transmissão.

A dermatite atópica pode também vir acompanhada de asma ou rinite alérgica. Alguns fatores de risco para o desenvolvimento de dermatite atópica podem incluir: alergia a pólen, a mofo, a ácaros ou a animais; contato com materiais ásperos; exposição a irritantes ambientais, fragrâncias ou corantes adicionados a loções ou sabonetes, detergentes e produtos de limpeza em geral; roupas de lã e de tecido sintético; baixa umidade do ar, frio intenso, calor e transpiração; infecções; stress e certos alimentos.

A característica principal da doença é uma pele muito seca com prurido importante que leva a ferimentos, áreas esfoladas causadas por coceira, alterações na cor, vermelhidão ou inflamação da pele ao redor das bolhas, áreas espessas ou parecidas com couro. Geralmente, trata-se de um quadro inflamatório da pele que vai e volta, podendo haver intervalos de meses ou anos, entre uma crise e outra. O eczema pode provocar comichão intensa, e o ato de coçar a lesão pode deixá-la ainda mais irritada e com pus.

A coceira pode levar a lesões da pele pela unha, o que facilita a invasão e contaminação das feridas por bactérias, principalmente o Staphylococcus aureus. O quadro clínico da dermatite atópica muda conforme a fase da doença. Pode ser divido em três estágios: – Fase infantil (3 meses a 2 anos de idade). – Fase pré-puberal (2 a 12 anos de idade). – Fase adulta (a partir de 12 anos de idade).

 

O objetivo do tratamento da dermatite atópica é o controle da coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências. Devido à pele ressecada, a base do tratamento é o uso de emolientes, também chamados de hidratantes. Isso porque a hidratação da pele é necessária para aliviar o eczema. Outro fator importante é fortalecer a barreira da pele, evitando o contato com poeira, pólen, sabonetes com perfume, produtos de limpeza e tabaco. Banhos quentes devem ser totalmente evitados. O ideal é tomar duchas frias ou mornas, pois a água quente resseca ainda mais a pele, que já é seca na dermatite atópica.

Também se deve usar sabonetes especiais antirressecamento, respeitando o pH da pele. O uso de anti-histamínicos por via oral pode ajudar com a coceira que acompanha essa doença. A fototerapia , tratamento com raios ultravioleta, é bastante eficaz no controle do eczema. Nos casos mais graves, os pacientes poderão precisar de medicações orais. Geralmente, pessoas com dermatite atópica também apresentam associações com asma, rinite, sinusite e até pneumonias de repetição.

É importante que o diagnóstico da dermatite atópica seja feito assim que surgirem os primeiros sintomas para que o tratamento possa ser iniciado logo em seguida e sejam prevenidas complicações, como infecções de pele, problemas para dormir, devido à coceira, febre, asma, descamação da pele e coceira crônica.