O impacto da exposição on-line na autoimagem e na autoestima.

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Com a pandemia mundial da COVID-19, ocorreram muitas mudanças no nosso cotidiano, o virtual tomou o espaço do presencial e, cada vez mais foram aparecendo novas formas de se relacionar, trabalhar e viver em sociedade. As mídias sociais, ganharam ainda mais força e modificaram as interações entre pessoas, se tornaram indispensáveis nesse período tão atípico.

Estamos nos vendo mais através das telas, seja pelas lives, reuniões, vídeo aulas, por consequência nossas “imperfeições” e incômodos na imagem ficam ainda mais expostos. Se antigamente a proximidade física, o olho no olho, que permitia a compreensão da imagem que o outro tinha de nós, hoje essa aceitação é mediada pela imagem vista na tela, pelas postagens da redes sociais, curtidas e comentários.

Porém, tudo isso desencadeou a preocupação excessiva com a autoimagem, com a aparência e a busca constante pela aprovação alheia, que podem conduzir a um sentimento de frustração, ansiedade e decepção, tendo em vista a idealização de padrões inatingíveis, vinculados a modelos de perfeição. E por que as redes sociais podem desencadear essa percepção negativa de si mesmo?

Porque as pessoas se comparam umas às outras, sem perceber que a imagem com a qual estão se comparando, muitas vezes, é uma imagem que não corresponde à realidade. As pessoas não percebem que estão se comparando a uma imagem que passou por inúmeros filtros e aplicativos de edição.

Que a pele perfeita sem poros, sem linhas, sem acnes ou rugas, muitas das vezes é completamente falsa. As alterações de percepção sobre si mesmo podem desencadear um problema de saúde chamado transtorno dismórfico corporal.

O transtorno acomete 2% da população mundial, mas este número está crescendo. Cada vez mais temos visto jovens, com rostos perfeitos, que querem mudar alguma coisa, pois não enxergam sua beleza e estão preocupadas em envelhecer bonitas. O aumento da procura pelos procedimentos estéticos cresceu muito após esse boom das redes sociais, principalmente mulheres buscam nos procedimentos a tão sonhada perfeição, afim de se encaixar em padrão de beleza tão popular nas redes sociais: lábios volumosos, sobrancelhas arqueadas, maçãs proeminentes, nariz empinado.

Mas afinal, existe uma unanimidade quando o assunto é beleza?

A resposta é muito simples: NÂO! A beleza está justamente na pluralidade, na naturalidade, no respeito as características de cada pessoa.

Os procedimentos estéticos podem e devem ser feitos quando buscamos pequenas correções para realçar nossas características ou amenizar as marcas do envelhecimento. Os procedimentos estéticos não devem ser usados afim de transformar uma face em outra, ou pior, criar uma legião de “clones”.

Precisamos ter mais cuidado em relação ao virtual. A perfeição não existe. Nós somos assimétricos e imperfeitos.

Lembre-se, sempre, da auto aceitação. Ela é um passo básico para a sua felicidade